Com a confirmação do primeiro caso de coqueluche no Norte de Minas Gerais neste ano, o Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs) Regional de Montes Claros está solicitando aos gestores de saúde que adotem medidas com o objetivo de reforçar a vacinação contra a doença. Na região, 28 casos suspeitos foram notificados em 2024.

Segundo as informações da Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Montes Claros, o caso foi confirmado em 21 de novembro após análise da Fundação Ezequiel Dias. Trata-se um menino, de 11 meses, de Francisco Sá, como detalhou a coordenadora do Cievs e da vigilância em saúde na SRS de Montes Claros, Agna Soares da Silva Menezes.

O que é a coqueluche?

A coqueluche é uma doença infecciosa que afeta as vias respiratórias, causa crises de tosse seca e falta de ar. A doença atinge principalmente bebês e crianças.

É altamente transmissível, já que o contaminado pode infectar outras pessoas através de gotículas da tosse, espirros ou mesmo ao falar. Segundo o Ministério da Saúde, em alguns casos, a transmissão pode ocorrer por objetos recentemente contaminados com secreções de pessoas doentes, mas isso é pouco frequente.

Tosse seca e mal-estar

Segundo o Ministério da Saúde, os sintomas podem se manifestar em três níveis:

No primeiro, podem ser parecidos com os de um resfriado, com mal-estar geral, corrimento nasal, tosse seca e febre baixa. Eles podem durar por semanas. No segundo estágio, a tosse piora. Já no terceiro nível, a tosse é tão intensa que pode comprometer a respiração, além de causar vômitos e cansaço extremo. Geralmente, os sintomas duram entre seis e 10 semanas, podendo durar mais tempo, conforme o quadro clínico e a situação de cada caso.

A maioria das pessoas consegue se recuperar da doença sem maiores complicações ou sequelas. Contudo, nas formas mais graves, podem ocorrer quadros mais severos, com complicações como infecções de ouvido, pneumonia, parada respiratória, desidratação, convulsão, lesão cerebral e morte.