Está aí um tema que traz muito debate
entre fisioterapeutas e ortopedistas. Enquanto muito cirurgiões seguram seus
pacientes para iniciar a reabilitação após a retirada da imobilização ou dos
pontos, outros já fazem essa liberação precocemente. Mas, afinal, quem está certo?
É obvio que tudo depende do tipo de
cirurgia que estamos falando. Existem cirurgia que precisam de imobilização
prolongada formal, enquanto outras permitem movimento precoce. Meu objetivo
aqui não será falar de nenhuma em específico, mas sim em linhas gerais.
O que deve ser dito é que a fisioterapia
possui várias fases e momentos pós cirúrgicos. A fase ativa, que envolve apoio
e movimento é a mais conhecida, mas não é a única. Existem vários recursos a
serem utilizados para controle de edema, melhora da cicatrização, auxílio de
transferência, analgesia, entre outros. Esses recursos, menos ativos por assim
dizer, podem ser utilizados tão precocemente quanto no primeiro dia após a
cirurgia.
Para que essa reabilitação tão precoce quanto no
primeiro dia pós operatório possa ocorrer, cirurgião e fisioterapeuta precisam
estar muito alinhados e conhecer o trabalho um do outro. Esse trabalho
multidisciplinar traz segurança para o ortopedista, de modo que limitações
formais não sejam ultrapassadas, para o fisioterapeuta, na certeza de estar
executando ações para a fase certa e para o paciente, que só tem a ganhar com o
trabalho em equipe e início de reabilitação precoce.
O que falta no cotidiano para que isso seja uma
realidade frequente é um maior diálogo multiprofissional, mas também a
valorização dos espaços no qual isso ocorre.
FONTE: SAÚDE PLENA